"Este blog é dedicado a todos que admiram e que procuram saber um pouco mais sobre as técnicas que compõem a Medicina Tradicional Chinesa, que são: Fitoterapia, Acupuntura, Dietoterapia, Tui Na e Exercícios Terapêuticos. Aqui falaremos sobre diversos temas que englobam saúde, estética, alimentação, atividade física, dentre outros assuntos."

terça-feira, 19 de abril de 2011

Sozinha e sem bons hábitos, ração humana não ajuda a emagrecer

Mistura de grãos traz benefícios à saúde, mas não acelera perda de gordura
Perder peso sem prejudicar a saúde é desafiador. De tempos em tempos surgem fórmulas que viram febres mundiais com a promessa de acelerar a perda de peso e melhorar a saúde. Elas são aclamadas e estampadas à exaustão em capas de publicações sobre dietas e fitness. Foi assim com a dieta da ração humana. O complemento alimentar se transformou na mania preferida daqueles que desejam eliminar os quilos extras. No entanto, para enxugar as gordurinhas não existem receitas milagrosas. Por isso, vale a pena entender melhor sobre esse assunto.

O que é a ração humana
A mistura é um composto de cereais, colágeno, açúcar, pó de guaraná e outras substâncias que ajudam a regular as funções intestinais e a acelerar o metabolismo. Entre os benefícios atribuídos a ela quando combinada com uma dieta saudável, estão o aumento da disposição, o controle
do colesterol ruim (LDL) e a diminuição dos riscos de doenças cardíacas, a prevenção de diabetes e osteoporose, o retardamento do envelhecimento, a melhora da memória, o fim da prisão de ventre e, claro, seu atrativo principal, o emagrecimento. Porém, neste último item, é importante ficar atento. Sozinha e sem bons hábitos, a ração humana não emagrece. Rica em fibras, ela prolonga a sensação de saciedade, apenas. Por isso, é fundamental incluir atividades físicas na sua rotina, além de ingerir frutas, saladas, alimentos integrais e beber bastante líquido.  

De acordo com a nutricionista Cláudia Torquato, a ração não chega a substituir uma refeição pois não possui todos os nutrientes necessários que devem ser consumidos para garantir energia e disposição durante um dia inteiro. "Ela é um complemento e não uma dieta tradicional em que as pessoas podem pular o café da manhã ou o almoço ou substituí-los pela mistura de grãos", diz a especialista.

Como incluir a ração na dieta
Para otimizar os resultados da dieta da ração humana e não correr o risco de ela se voltar contra você é aconselhável procurar um nutricionista antes de iniciá-la. Segundo Cláudia, o profissional tem o respaldo para indicar corretamente a quantidade adequada a ser consumida diariamente. "A análise da alimentação diária é extremamente importante. A ração, por si só, é calórica e pode provocar ganho de peso", alerta. Abusar do recurso pode resultar em prejuízo na balança. Três colheres (de sopa) da ração têm aproximadamente 110 calorias. Portanto, abusar do complemento é arriscado.  

Embora alguns especialistas em nutrição deem carta branca para preparar o alimento em casa, não é recomendado optar por esta alternativa.

O motivo mais restritivo diz respeito ao armazenamento dos
grãos. Quando transportados e guardados sem o devido cuidado, eles podem ser facilmente contaminados por fungos. Sem o manejo certo com os ingredientes, a vida útil da ração pode cair bastante também.

Alertas, restrições e cuidados A ração pode se transformar em vilã se for consumida de forma errada. Por ter uma alta concentração de óleos vegetais, que são altamente calóricos e, dependendo da forma como você a consumir, ela pode engordar. Outro aspecto que merece cuidado é não exagerar no complemento junto com uma dieta rica em fibras. A combinação pode provocar diarreias, prejuízo à flora intestinal e à absorção de nutrientes. Além disso, sem o consumo adequado de líquido, a ingestão agrava a prisão de ventre.

Já os diabéticos devem ter mais atenção. Para eles, a receita tradicional não funciona e o açúcar mascavo e o pó de guaraná devem ser substituídos. Com alguns cuidados a dieta da ração humana não faz mal à saúde se for ingerida corretamente. No entanto, conversar com profissionais da área de nutrição ou com um médico de sua confiança traz resultados mais eficientes. E é isso que você quer.

Fonte: Minha vida

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Acupuntura e alimentação podem amenizar os sintomas da TPM

A famosa tensão pré-menstrual, mais conhecida como TPM, é bastante comum e afeta até 30% das mulheres com ciclos menstruais regulares. A síndrome pré-menstrual refere-se a um grupo de sintomas físicos e comportamentais que ocorrem em um padrão cíclico durante a segunda metade do ciclo menstrual. Como algumas mulheres ainda não sabem de tudo que gostariam sobre o assunto, procuro esclarecer as principais dúvidas que ouço de minhas pacientes.

Sintomas

Mais de 150 sintomas já foram atribuídos à TPM. No entanto, o número de sintomas observados na grande maioria dos pacientes é muito mais limitado. As manifestações físicas mais comuns da TPM são inchaço abdominal e uma sensação de cansaço extremo, os quais ocorrem em 90% das mulheres com este distúrbio.Dor nas mamas, a chamada mastalgia, e dores de cabeça estão entre as outras principais queixas físicas, ocorrendo em mais de 50% dos casos. 
O sintoma mais comum de comportamento da TPM é a labilidade emocional e acomete mais de 80% das mulheres que sofrem desse mal. Outras frequentes queixas comportamentais incluem irritabilidade, tensão, humor deprimido, aumento do apetite (70%), esquecimento e dificuldade de concentração (mais de 50%).

Outros achados comuns incluem a hipersensibilidade, espinhas no rosto, raiva sem motivo aparente, choro fácil e alterações gastrointestinais. Ondas de calor, palpitações, tonturas ocorrem em 15 a 20% das pacientes.  

Causas

O corpo é sensível a níveis de hormônios que mudam ao longo do ciclo menstrual. Estudos sugerem que o aumento e queda dos níveis de hormônios (por exemplo, estrógeno e progesterona) também podem influenciar as substâncias químicas no cérebro, incluindo uma substância chamada serotonina, que afeta o humor.

No entanto, não está claro porque algumas mulheres desenvolvem a TPM e outras não. Os níveis de estrogênio e progesterona são similares em mulheres com e sem essas condições. A explicação mais provável, com base em vários estudos, seria que as mulheres que desenvolvem são altamente sensíveis a mudanças nos níveis hormonais 

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico de TPM se baseia em quatro pilares principais. E o mais importante é individualizar cada caso para um tratamento específico. Apresentar sintomas específicos.

Ocorrer na fase lútea - segunda fase do ciclo- de 7 a 10 dias antes da menstruação.
A gravidade dos sintomas (ou seja, eles devem prejudicar algum aspecto da vida da mulher).
A ausência de ingestão de hormônios ou drogas e a exclusão de outros diagnósticos como depressão por exemplo.

Em média, cinco ou mais dos seguintes sintomas devem estar presentes durante a semana anterior à menstruação e se resolver em poucos dias após o início da menstruação. Mas não significa que mulheres que apresentem apenas um ou dois sintomas não podem ter TPM. Por isso, o mais importante é realizar uma avaliação individualizada, só assim poderá ser feito o diagnóstico correto e o melhor tratamento.

-Sentir-se triste, sem esperança, ou auto-depreciar
-Sentir-se tensa, ansiosa ou "no limite"
-Apresentar marcada labilidade de humor intercalada com choro frequente
-Irritabilidade, raiva, e aumento de conflitos interpessoais
-Diminuição de interesse em atividades usuais
-Dificuldade de concentração
-Sentir-se cansada, sonolenta ou com falta de energia
-Alterações no apetite, associada com a compulsão alimentar ou desejo de certos alimentos
-Aumento do sono ou insônia Um sentimento subjetivo de estar sobrecarregado ou fora de controle
-Outros sintomas físicos, como sensibilidade mamária ou inchaço, dores de cabeça, dor muscular ou articular, sensação de inchaço, ganho de peso 

Tratamentos

Os tratamentos conservadores para a TPM podem ser recomendados em primeiro lugar, incluindo o exercício físico regular, técnicas de relaxamento em geral, e suplementação de vitaminas e minerais. Estas terapias aliviam os sintomas em algumas mulheres e têm pouco ou nenhum efeito colateral. Se essas terapias não trazem alívio suficiente, medicamentos podem ser considerados como uma segunda opção.

Sabe-se através de alguns estudos que uma alimentação fica em carboidratos parece ter influência positiva e uma alimentação muito gordurosa parecer piorar os sintomas da TPM. Porém qualquer dieta deve ter acompanhamento profissional de um médico e de uma nutricionista. Em relação ao sal, ele deve ser evitado já que aumenta a retenção de líquidos piorando o inchaço, já característico desta fase.

Vários ensaios clínicos têm avaliado o benefício dos suplementos de cálcio para mulheres com TPM. Após três meses, as mulheres que tomaram cálcio duas vezes por dia apresentaram menos sintomas comparados àquelas que tomaram um placebo. O cálcio é um tratamento barato, com poucos efeitos colaterais e é uma opção razoável para mulheres com sintomas leves a moderados da TPM. Mas a prescrição deve ser avaliada sempre pela ginecologista, ninguém deve se automedicar, nem mesmo com vitaminas.

Acupuntura, atualmente pesquisada em diversos centros universitários do mundo, apresenta resultados preliminares animadores para tratar tanto distúrbios físicos como psicológicos da mudança dos níveis hormonais. 

Luiz Cláudio: Na minha experiência e segundo os princípios da Medicina Tradicional Chinesa a explicação da TPM vai muito além das alterações hormonais, pois segundo a literatura mulheres com mesmas taxas de hormônios apresentam ou não tensão pre-menstrual. Temos no nosso corpo vários órgãos responsáveis pelo equilíbrio dinâmico da energia que irão promover uma harmonia em todas as reações externas e internas, esse órgão seria o Fígado, não biologicamente o órgão-matéria, mas sim pensando em suas funções energéticas, sendo que uma das mais importantes é o livre fluxo de energia pelo corpo, agindo também sobre as emoções, menstruação, digestão, dentre outras. Porém nem todas as mulheres têm um bom equilíbrio energético capaz de regular a menstruação sem afetar as emoções. As causas podem ser o próprio estresse do dia-a-dia que sobrecarrega a metabolização das emoções e agrava-se no período menstrual, a alimentação irregular que prejudica a formação e a circulação de energia pelo corpo também podem provocar a TPM e até mesmo o excesso de atividades física e sexual, as quais desgastam a energia e impedem uma boa circulação de energia e nutrientes para todo o corpo. Dessa forma os sintomas podem variar de acordo com a causa individual, apresentando sintomas mais ou menos intensos. Por isso a Medicina Chinesa consegue explicar as causas e as manifestações de cada padrão específico da tensão pré-menstrual, podendo agir entre e durante as crises ou até mesmo na prevenção.