Caros amigos, segue abaixo um e-mail que recebi sobre a valorização do Fisioterapeuta, acredito que muitos são ou conhecem algum entre os amigos ou até mesmo na família. Qualquer dia desses perguntem sobre como é a profissão e se esse profissional está satisfeito com vida de Fisioterapeuta!
Temos alguns exemplos entre nossos conhecidos que se deram bem e se destacaram, viraram professores, montaram clínicas, estúdio de pilates, trabalham em grandes hospitais ou centros de reabilitação, mas até mesmo esses passaram momentos difícies e conseguiram se superar, e que tal lembrarmos também dos que não conseguiram ainda o sucesso esperado? Dos que investiram durante anos em uma boa formação, daqueles que tentam por amor a profissão lutar por um ambiente mais justo e digno ou até mesmo lembrarmos daqueles que estão prestes a se formar. Enfim, mais do que nunca precisamos nos unir cada vez mais, e acho que esse e-mail que recebi demonstra um pouco da indignação de cada um de nós fisioterapeutas.
(Cópia do e-mail)
Encaminho-lhes o e-mail que redigi ao sr José Roberto Borges, presidente do CREFITO7 (Bahia e Sergipe) falando um pouco sobre a situação do fisioterapeuta nessa área, e peço-lhes que ENCAMINHEM, para que possamos tentar mudar um pouco nossa realidade!!!
Sinceramente, sr Roberto, tive uma graduação que custou R$ 900,00 e a pós custa R$ 390,00 / mensais, totalizando R$ 69.360,00 investidos em 7 anos de formação (Graduação, pós e cursos). Paguei recentemente R$ 500,00 a Crefito e R$ 600,00 à prefeitura pelo ISS, e agora tenho que escutar que vou receber 800,00 por mês me sujeitando em 44 h de trabalho semanal?? Por favor sr, te peço em nome de milhares de fisioterapeutas que passam por essa situação diariamente, que fiscalize, exija, faça valer o imposto que pagamos anualmente, nos ofereça condições mínimas na nossa profissão!!
Att e aguardo não só resposta, como MUDANÇA JÁ!
Mayana Moura Lopes Sousa Pereira
Para completar as situações expostas acima pela colega, quero expor a que passei.
Em Outubro de 2010 fui convidada por uma colega, também fisioterapeuta, a substituir outras 02 fisioterapeutas em determinados dias da semana, para que a clínica não ficasse em falta com os pacientes. A diária era de R$ 25,00. Recém-formada e desesperada por uma experiência na área, eu aceitei. Depois, essas 02 fisioterapeutas optaram por sair da clínica por não concordarem com a proposta colocada pela dona da clínica que também é fisioterapeuta a mais de 15 anos. Ela informou que não poderia mais manter 01 fisioterapeuta pela manhã e 01 a tarde (sendo que além dessas 02 fisioterapeutas ainda trabalhava aquela colega minha durante os dois turnos, entrando pela manhã e saindo a noite), que agora ela só poderia manter 01 fisioterapeuta com o salário de R$ 1.000,00 , com a carga horária das 07:00 as 19:00 (não paga vale-transporte e muito menos auxílio-refeição, e sem expectiva se assinar a carteira de trabalho; não existia nehuma pausa durante o dia, nem para ir ao banheiro ou beber água, e nem mesmo para almoço). Inicialmente, disse que ficaria por que essa colega minha trabalhava assim e pensei que, até aparecer outro emprego melhor, seria uma ocupação. Na primeira semana me senti um "faz de conta" como profissional. O atendimento não era de qualidade, não porque não queríamos, mas sim porque atendíamos 4 pacientes a cada meia hora, e muitas vezes a recepcionista incluia pacientes extras sem nos comunicarmos, sem conferir a agenda, e atendíamos até 6 pacientes em meia hora. Chegava em casa decepcionada. Uma outra colega queria experiência, e ela começou a ir todas as tardes pra mim, e eu trabalhava só pela manhã. No fim do mês cada uma recebeu um xeque de R$ 500,00. Conversei com a dona da clínica e saí de lá. Essa minha colega continua lá até hoje, quanto a outra, não sei.
Essa conscientização precisa começar por cada um de nós. Essa experiência me mostrou o quanto o próprio fisioterapeuta se submete e influencia a outros a fazerem o mesmo justificando as dificuldades do mercado. Como pode uma fisioterapeuta, dona de uma clínica, submeter a outros profissionais a essa situação? Como pude eu aceitar e me deixar levar pela conversa que "emprego ta difícil", "é melhor esse do que nenhum"?
Assim como a colega, eu também rogo por essas mudanças e pela conscientização de cada profissional!!!
Manuele Silva Coelho
Fisioterapeuta
Olá sr. José Roberto Borges
Sou fisioterapeuta formada a 1 ano e resido em Salvador.
Estou completamente envaidecida pelos progressos que estou tendo com meus pacientes, com o grande valor que a fisioterapia agrega à comunidade, tornando-se então uma área INDISPENSÁVEL, em todos s aspectos da saúde. Procurei me especializar e realizar grandes cursos, como pós graduação (em finalização), Formação em Pilates, RPG, entre outras pequenas atualizações como simpósios, congressos, etc...
Porém estou da mesma forma decepcionada com o andamento da fisioterapia como PROFISSÃO na Bahia, a qual é de sua responsabilidade fiscalizar e organizar para que tenhamos remuneração justa e condições mínimas de trabalho. Recentemente recebi uma "proposta de trabalho" de uma clínica em Salvador, que me oferecia R$ 650,00 por 54h de trabalho (seg a sabad, das 08 às 19h). Como achei um desrespeito, não aceitei e ficando perplexa com a situação, comecei a pesquisar sobre isso.
Ficamos a mercê de donos de clínicas, centros de estética, que oferecem pouco mais de 1 salário mínimo, sem direito algum, nem benefícios (nem ao menos transporte) em longas horas de trabalho, e esse valor só vai cada vez mais diminuindo, com a implantação desses sites de compras coletivas que a cada dia oferecem mais serviços a preço de banana.
Para por um ponto final na minha indignação, fui em busca de concursos em aberto e mais uma vez, vi que o absurdo se repete:
Prefeitura de Cachoeira R$ 800,00 por 40 horas de trabalho!
Prefeitura de Riachão do Jacuípe R$ 750,00 por 20 horas.
Prefitura de Dias Dávila R$ 744,88 , por 30h
Prefitura de Dias Dávila R$ 744,88 , por 30h
Prefeitura de Santo Amaro R$ 1615,00 por 40 horas (enfermeiro e odontólogo R$ 3187,00 e nutricionista R$ 2170,00 /40h)
Sinceramente, sr Roberto, tive uma graduação que custou R$ 900,00 e a pós custa R$ 390,00 / mensais, totalizando R$ 69.360,00 investidos em 7 anos de formação (Graduação, pós e cursos). Paguei recentemente R$ 500,00 a Crefito e R$ 600,00 à prefeitura pelo ISS, e agora tenho que escutar que vou receber 800,00 por mês me sujeitando em 44 h de trabalho semanal?? Por favor sr, te peço em nome de milhares de fisioterapeutas que passam por essa situação diariamente, que fiscalize, exija, faça valer o imposto que pagamos anualmente, nos ofereça condições mínimas na nossa profissão!!
Att e aguardo não só resposta, como MUDANÇA JÁ!
Mayana Moura Lopes Sousa Pereira
Fisioterapeuta
Para completar as situações expostas acima pela colega, quero expor a que passei.
Em Outubro de 2010 fui convidada por uma colega, também fisioterapeuta, a substituir outras 02 fisioterapeutas em determinados dias da semana, para que a clínica não ficasse em falta com os pacientes. A diária era de R$ 25,00. Recém-formada e desesperada por uma experiência na área, eu aceitei. Depois, essas 02 fisioterapeutas optaram por sair da clínica por não concordarem com a proposta colocada pela dona da clínica que também é fisioterapeuta a mais de 15 anos. Ela informou que não poderia mais manter 01 fisioterapeuta pela manhã e 01 a tarde (sendo que além dessas 02 fisioterapeutas ainda trabalhava aquela colega minha durante os dois turnos, entrando pela manhã e saindo a noite), que agora ela só poderia manter 01 fisioterapeuta com o salário de R$ 1.000,00 , com a carga horária das 07:00 as 19:00 (não paga vale-transporte e muito menos auxílio-refeição, e sem expectiva se assinar a carteira de trabalho; não existia nehuma pausa durante o dia, nem para ir ao banheiro ou beber água, e nem mesmo para almoço). Inicialmente, disse que ficaria por que essa colega minha trabalhava assim e pensei que, até aparecer outro emprego melhor, seria uma ocupação. Na primeira semana me senti um "faz de conta" como profissional. O atendimento não era de qualidade, não porque não queríamos, mas sim porque atendíamos 4 pacientes a cada meia hora, e muitas vezes a recepcionista incluia pacientes extras sem nos comunicarmos, sem conferir a agenda, e atendíamos até 6 pacientes em meia hora. Chegava em casa decepcionada. Uma outra colega queria experiência, e ela começou a ir todas as tardes pra mim, e eu trabalhava só pela manhã. No fim do mês cada uma recebeu um xeque de R$ 500,00. Conversei com a dona da clínica e saí de lá. Essa minha colega continua lá até hoje, quanto a outra, não sei.
Essa conscientização precisa começar por cada um de nós. Essa experiência me mostrou o quanto o próprio fisioterapeuta se submete e influencia a outros a fazerem o mesmo justificando as dificuldades do mercado. Como pode uma fisioterapeuta, dona de uma clínica, submeter a outros profissionais a essa situação? Como pude eu aceitar e me deixar levar pela conversa que "emprego ta difícil", "é melhor esse do que nenhum"?
Assim como a colega, eu também rogo por essas mudanças e pela conscientização de cada profissional!!!
Manuele Silva Coelho
Fisioterapeuta
(Fonte: e-mail)
Conheço Manuele Coelho... Já me sujeitei a substituir a amiga dela; então como ja foi dito por ela também, cheguei em casa muito decepcionada! Imaginem que foi apenas um dia e confirmo tudo que ela falou!!
ResponderExcluirIsso é um absurdo!!
Larissa Silva Menezes
Fisioterapeuta
Mudança Já , eu também não aguento mais a desvalorização do Fisioterapeuta !
ResponderExcluirMariana Mac Cornick
É isso ai,temos que nos unir para que tenhamos melhor valorização em nossa profissão.Como pode,passarmos 5 anos fazendo uma graduação,onde no meu caso pago 1.200 mensais de mensalidade para quando formar ganhar 500 ou 800 de salário?? Hje vejo que pessoas sem terem feito uma faculdade ganha isso em outras áreas...É um absurdo...Acho que o COFFITO ta deixando a Desejar,e não esta muito preocupado com nosco os fisioterapeutas!
ResponderExcluirAcho que essa questao de salário baixo já foi longe demais...